quarta-feira, abril 27, 2005

Teorias do Jornalismo – On-Line


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Blogues

O que são blogues?

Blogue é uma abreviação de “weblog”. São páginas na internet onde os seus criadores/autores podem de forma simples, rápida, livre e não onerosa, divulgar ou escrever sobre várias temáticas. Estas podem ser de índole pessoal ou não, podendo diferir na linguagem apresentada e na especificidade do assunto. Podemos ainda, considerar um blogue como mais uma grande ferramenta de expansão e disponibilização de informação.O feedback é uma das mais-valias para quem escreve num blogue, pois não só pode receber comentários como também fazer, criando elos que se interligam através das preferências pessoais de cada um.Na minha opinião talvez seja prematuro definir um blogue. Tem-se discutido bastante sobre o tema, atingindo-se apenas alguns “mini-conceitos”.

Poderemos definir algo que é alvo de modificações profundas quanto ao seu fim real?
Até agora conhecemos o propósito original para o qual surgiram. As mutações a que têm sido sujeitos podem representar alguns entraves quanto à sua definição concreta. Que impactos podem ter os blogues numa sociedade voltada para as novas tecnologias da informação, também em constante mutação, é igualmente uma questão que pela sua natureza vasta e complexa, difícil ou tardiamente conseguirá consenso.

Wikis

“Antigos cafés - lugares habituais de conversa e partilha de ideias onde se distribuíam e discutiam matérias diversas do conhecimento e se trocavam saberes”. Fazem lembrar um pouco o passado. A prática habitual nos dias de hoje é diferente. Mais do que partilhar com o amigo de café ou vizinho, é estender o nosso conhecimento aos quatro cantos do mundo, onde também podemos ter um amigo, e que curiosamente pode saber e partilhar mais connosco do que o amigo da porta.

Esta ferramenta baseia-se na criação de conteúdo colaborativo. Ou seja, deixa que os seus utilizadores coloquem e consultem informação útil e de interesse – o útil e o interesse são subjectivos – com a particularidade de permitirem simultaneamente alterar e corrigir o mesmo conteúdo.

O facto de podermos publicar algo e a seguir ser complementado ou completado com informação adicional por outro utilizador, constitui um meio de aperfeiçoamento e enriquecimento do conteúdo do tema abordado e assim levar a que o factor quantitativo e qualitativo do conhecimento se multiplique e produza algo de soberbo.

Resumindo e concluindo, podemos chamar-lhe “sincronizadores” do saber e do conhecimento. No entanto, a máxima: máxima liberdade, máxima responsabilidade, confere aqui todo o seu esplendor. Ou seja, que os “hackers” fraquinhos e com pouca capacidade técnica na informática, não insistam em se afirmarem e destruam tudo que muitos construíram. Entenda-se.

RSS - Really Simple Sindication


Esta ferramenta é a “face-of” da constante rejeição de spam a que já nos habituámos e que agora de uma forma mais cordial nos aborda e pergunta se queremos alguma coisa das tantas que por aí circulam.

Não de todo. É um novo aplicativo, caracteristicamente para internautas e extensível aos utilizadores de telemóvel e “palm top” com acesso à internet. Este serviço permite-nos seleccionar previamente todas as temáticas que sejam do nosso interesse, e sempre que haja novas referências aos assuntos seleccionados podemos recebe-los na nossa caixa de correio electrónico. Assim, passamos a poder construir e sustentar o conhecimento ao nosso gosto e medida.

Útil para quem tem interesses específicos sobre determinadas matérias. Logo que hajam novos artigos ou notícias, o próprio programa cria um resumo do que interessa ao utilizador e faz um “update” à informação, mantendo assim uma actualização constante dessa mesma informação preferencial. Sempre que o utilizador desta ferramenta quiser, pode alterar as suas escolhas, necessitando somente para isso de editar o seu selector de preferências on-line do RSS. Além do mais, nada do que não queiramos saber nos irá incomodar, a não ser que tenhamos o televisor ligado, aí, é inevitável.

terça-feira, abril 26, 2005

RÁDIO

Presente e futuro

A rádio é um meio de comunicação extraordinariamente rico, com uma narrativa singular e fascinante. A compreensão da Rádio não pode dissociar-se do país e da sua História, no contexto do desenvolvimento económico, cultural e social, numa observação que se deve desenvolver a partir das estruturas que desenham a operacionalidade deste meio.

Os desafios tecnológicos e de evolução do mercado têm vindo a influenciar a rádio, nomeadamente na especificidade das estações. Conteúdos e estilo de programação especializam-se em função de públicos específicos, num processo de profissionalização da rádio, baseado em critérios estruturais designados pelos estudos de mercado para o meio rádio. A programação das estações e os formatos criados de acordo com a pluralidade de estilos de vida, grupos sociais, gostos e expectativas do público, num raio de acção que parte do FM e se estende para a Internet.

A mudança da rádio enquanto meio, é um fenómeno que se verifica desde que a rádio enveredou, de forma irreversível, por um esquema de negócio mais profissional, baseado em técnicas modernas de gestão e de marketing.

Estas mudanças estão ainda em desenvolvimento, com um esforço de comunicação das estações para se aproximarem cada vez mais dos “seus” ouvintes. Ao longo dos últimos anos, temos observado um processo de adaptação do meio radiofónico aos novos contextos económicos e tecnológicos, ao mesmo tempo que cada rádio tem procurado satisfazer as necessidades dos ouvintes. A tentativa de se reafirmar, depois de um período de perda de vitalidade face às propostas dos outros media – especialmente dos mais recentes canais de comunicação – tem sido bastante compensatória.

A rádio vive neste momento uma fase de transição que reflecte a passagem de uma comunicação “dialógica” para um modelo de comunicação interactivo, baseado em novos sistemas operacionais. Os dois modelos convivem numa fase de transição para um esquema de comunicação absolutamente bidireccional, que irá desenvolver-se num novo princípio interactivo. As transformações ocorrem ao nível da difusão, dos conteúdos, do discurso e da recepção, num desenho em que a rádio enfrenta o grande desafio de proceder à alteração do seu conceito.

A emissão digital traduz uma ligação ao multimédia, favorecendo a interactividade, ao mesmo tempo que faz desenvolver uma nova linguagem, pela incorporação de novos elementos à sua estrutura discursiva e potencia a criação de novos conteúdos para a mensagem radiofónica. Em paralelo, o esquema de recepção acompanha esta evolução, num novo modelo que transforma o ouvinte num utilizador e favorece a fragmentação das audiências em função dos seus interesses específicos.

A Internet veio modificar a forma da recepção radiofónica, transformando o conceito de receptor noutro que se aproxima mais da noção de usuário, pela forma como o ouvinte/utilizador toma uma atitude activa de pesquisa e consumo dos conteúdos. Muito embora ainda não tenhamos deixado de ouvir rádio através dos receptores tradicionais, muitas vezes fazemo-lo enquanto consultamos a página “web” de uma estação e até mesmo continuamos a navegar noutras páginas mantendo a emissão de rádio activa. As emissões de rádio através da internet já são uma realidade. Ainda que com algumas limitações, tais como os softwares de aplicação muitas vezes lentos e com algumas incompatibilidades – não permitindo ao utilizador ligar-se e acompanhar a emissão on-line – a largura da banda que ainda não é suficiente para o crescente número de utilizadores destas aplicações entre outras.

Nesta conjuntura, a ameaça não é a Internet em si, mas a Internet enquanto novo suporte para a rádio, que assim pode perder ouvintes no seu suporte tradicional, para ganhar novos ouvintes on-line. O que ainda não se sabe, é se com os avanços da tecnologia, dos programas informáticos e o consequente aumento da utilização da Internet, os internautas irão ouvir as estações que estão na rede e disponibilizam a escuta das suas emissões em tempo real, ou se passarão a escutar rádio cuja existência se limite à rede e que graças às possibilidades tecnológicas, reconverte o conceito de rádio. Essa reformulação do conceito pode decorrer da adopção de um esquema de múltiplos canais, da total ausência da presença humana, ou por outros factores relacionados com a discursividade do próprio meio, que modificam o habitual esquema de recepção da comunicação radiofónica e irão desenvolver novas maneiras de usar a rádio graças ao potencial da Internet.


Por outro lado, todos os avanços inerentes às novas tecnologias poderão traçar também caminhos no sentido de o habitual esquema de recepção da comunicação radiofónica, poder continuar paralelamente à internet e que a rádio evolua multidireccionalmente, mesmo provocando uma certa mobilidade à internet que ainda hoje se torna difícil comparativamente ao nosso habitual recptor FM com (RDS) que levamos no nosso jipe para a montanha.